sexta-feira, 26 de novembro de 2010

GUERRA DOS CABANOS EM PANELAS

GUERRA DOS CABANOS - PANELAS


01- A morte de catana em punho, o ódio desenfreado, a miséria, campeavam noite e dia, dizimando gente indefesa, animais irracionais e tudo o mais que se fosse notado como meio de alimentação aos combatentes da famigerada "Guerra dos Cabanos" envolvendo Pernambuco e Alagoas, quer fossem lavouras de milho e feijão, mandioca, etc, quer fossem fruteiras e fntes de água. Perdurou isto desde 1832 ind até 1836, porém as consequências funestas dessa "Guerra" continuou por muitos anos depois, imperando o medo, as doenças e os efeitos psicológicos dentre os habitantes da vasta região do conflito.


No decorrer das batalhas os "Cabanos" alimentavam-se de frutas e mel silvestre, quando isto era possível, e os Soldados enviados ao combate, embrenhados nas matas, ficavam entregues muitas vezes à própria sorte, com fardas em precário estado, muitos até descalços, esfomeados e sendo atacados constantemente pelos escravos e índios sagazes e ferozes do Jacuípe em Alagoas,, sob a doutrinação dos líderes cabanos a exemplo de Vicente Ferreira de Paula, Antônio Timóteo de Andrade, João Timóteo, Manaoel Joaquim de Barros, Anselmo Lucena e outros, especiaalmente os líderes militares que fizeram estourar esse movimento revolucionário, como o Capitão-Mor Torres Galindo, que sendo de Vitória de Santo Antão, era proprietário em Bonito, mentor intelectual e participante direto da CABANADA. Vale dizer que Torres Galindo obteve apoio de vários Oficiais amigos e líderes políticos da região do conflito, que não recuaram em momento algum na "Guerra", a exemplo de um Antônio Timóteo de Andrade, quer fossem nos combates na Povoação de Panelas, quer no lugar "Cafundó" em Lagoa dos Gatos, em Jacuípe e em outras diversas localidades por onde o conflito se estendeu.


Um dos assuntos de elevada gravidade e maior destaque nessa terrível batalha, que ceifou tantas vidas e causou enormes prejuízos materiais, além de impedir o desenvolvimnto da região, foi no chamado "ATAQUE DO FEIJÃO" , referindo-se ao lugar "Sítio Feijão"" junto à hoje Vila de Cruzes, 2º Distrito de Panelas, onde os combates deixaram um registro funesto de mais de 100 mortos, tendo nessa batalha sido morto o líder cabano MANOEL TIMÓTEO DE ANDRADE, irmão do líder-maior ANTÔNIO TIMÓTEO DE ANDRADE, que só veio a falecer no ano de 1889 com a avançada idade de 100 anos, cuja "causa mortis" foi anasarca, ou seja edema generalizada, conforme Certidão d Óbito. Era Antôno Timóteo de Andrade casado com a Sra. Anna Maria da Conceição, vulgamente chamada por "Ana Felipa."


Tivemos a oportunidade de entrevistar um neto do Líder cabano João Timóteo de Andrade, isto no dia 13 de dzembro de 1977 (Dia consagrado à Santa Luzia pelos Católicos), chamado MARIANO ALEXANDRE DE AZEVEDO, filho de João Alexandre de Azevedo e de Rita Belarmina de Andrade, conhecida por "Ritinha" e filho de João Timóteo de Andrade e de Maria Belarmina de Andrade. Havia um outra filha de João Timóteo que era irmão do também Líder-cabano Antônio Timóteo de Andrade, de nome Belarmina Maria, apelidada de "Mariquinha".


02- O neto de João Timóteo a que nos reportamos acima, contou ter nascido no ano de 1890, àquela data (1977) estava com 87 anos de idade, com muita lucidez, disse-nos que ouviu sua mãe falar muito da participação do seu Avô na "Guerra dos Cabanos". Relatou-nos que certa vez João Timóteo de Andrade vivia bastante preocupado para descobrir um "olheiro" que avisava às Forças do Governo, as manobras e movimentos dos Cabanos, e com muito trabalho foi informado de que o traidor era um tal de Inspetor Trindade, que subia nu pé de angico que ficava sobre um morro, onde observava qualquer aglomeração ou passagem de pessoas, avisando aos Oficiais legalistas. Resolveu , pois, com um grupo de cabanos acabar com a tal espionagem e às escondidas armou um ardil inédito. Era por volta do meio-dia, Sol quente, escaldante de verão, mês de novembro de 1934, quando chegou ao local costumeiro, o espião, também chamado de "Olheiro da Regência", e quando subiu na dita árvore, ficando no cume, eis que num lance rápido como num assalto, vários cabanos juntamente com João Timóteo, todos armados gritaram: "FIQUE ONDE ESTÁ, SE DESCER A GENTE LHE ESQUARTEJA." E o "olheiro" tremendo e chorando, começou a pedir por socorro e que não o matassem, e muitas coisas mais nessas horas difíceis. Foi então que os Cabanos repetindo sempre a mesma ameaça, começaram a cortar com machado e foices o frondoso pé de angico, derrubando-o e abndonando sem socorrer o "lheiro", e no dia seguinte os Soldados legalsitas o encontraram com uma das pernas partidas e ouviram sua história, Por muitos anos, até morrer, ficou esse Inspetor Trindade apelidado por "Trindade Côxo".

ACONTECIMENTOS MARCANTES DE PANELAS

MARACATU DO MESTRE LADISLAU


Antigamente em Panelas existia um Maracastu que marcou época na região, era dirigido pelo Mestre Ladislau, que na verdade chamava-se pelo nome de Ladislau Felipe Santiago. Viveu muitos anos em Panelas um dos integrantes desse folguedo de origem africana, que era por demais conhecido do povo panelense: "Sr. Coleto" que assinava Antônio Coleto da Silva e nascido no dia 25 de março de 1890.

"Sêo" Coleto lembrava muito bem de tudo e do seu tempo de rapaz. Dizia que o "MARACATU DO MESTRE LADISLAU DE PANELAS" era composto por homens e que Pedro Lopes de Mendonça conhecido por "Pedro de Tóta" representava o "REI", enquanto Joviniano de Barros Feitoza, chamado apenas por 'JOVE" fazia o papel de "RAÍNHA", enquanto ele ("Coleto") conduzia a "BONECA". Todos fantasiados no estilo dos habitantes de Cabindas, na África, com muitos espelhos, ganzás e fitas multicores.

Certo dia, contou-nos o Sr. Coleto, numa apresentação do MARACATU no lugar Riachão, na casa do Sr. Manoel Severino, os integrantes pernoitaram ali, seguindo depois para outra apresentação em Lagoa dos Gatos (também em Lagoa dos Gatos), e sendo bem tratados pelo dono da casa, este cuidando dos aposentos dos seus hóspedes, dissera onde cada um devia dormir, e chamando o Mestre Ladislau lhe explicou que "para tudo ficar certinho, a "Raínha" vai dormir com milhas filhas". Foi aí que a turma do Maracatu querendo esclarecer delicadamente a situação, sem que o dono da casa quisesse ouvir, e com muita insistência Mestre Ladislau convenceu o mesmo Sr. Severino que a "Raínha" era um homem e não uma mulher. Fez-se necessário "Jove" tirar a cabeleira postiça e brincos, para ele acreditar. Depois todo mundo começou a sorrir e a comentar com gracejos.

O Maracatu de Mestre Ladislau apresntava-se nos períodos carnavalescos, juninos e natalinos, tanto em Panelas como em outras localidades para onde era convidado. Essa relíquia folclórica já não mais existe em anelas, a exemplo


CRIAÇÃO DA FREGUESIA DE PANELAS
Pela Lei Provincial de nº 157, datada de 31 de março do ano de 1846, foi criada a FREGUESIA DE PANELAS, não chegando portant, a ser canonicamente provida, uma vez que a Lei Nº 212, de 16 de agosto de 1848, incorporou a mesma à Freguesia dee Bonito, neste Estado.
Posteriormente, foi esta disposição revogada pela Lei Nº 274, de 7 de abril de 1851, pondo em vigor a legislação anterior, e voltou a ser incorporada ao Termo de Bonito, por força da Lei Nº 616, de 9 de maio de 1865, tendo voltado novamente a condição de Freguesia pela Lei Nº 701, de 2 de junho de 1866, e desta vez Provida por Ato do Vigário Capitular, o Deão Dr. Joaquim Francisco de Faria, isto no dia 6 de abril de 1867, com a noimeação do Padre Antônio Malaquias Ramos de Vasconcelos, que instalou a Freguesia do BOM JESUS DOS REMÉDIOS, no dia 13 de abril de 1867.
DOS ESCRAVOS EM PANELAS
Conforme Resumo Geral dos Escravos Matriculados nos Municípios da Província de Pernambuco, de acirdo com a Lei Nº 3.270 de 28.09.1885, organizado em cumprimento do Aviso Circular do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas de 9 de maio de 1887, publicado no Diário de Pernambuco de 24 de novembro de 1887:
PANELAS
318 ESCRAVOS, sendo 161 masculinos e 157 femininos;
161 menores de 30 anos;
62 maiores de 30 a 40 anos;
60 maiores de 40 a 50 anos;
21 maiores de 50 a 55 anos; e
14 de 55 a 60 anos.
VALOR
Dos menores de 30 anos: 127.030$000;
Dos maiores de 30 a 40 anos: 42.050$000;
Dos maiores de 40 a 50 anos: 30.980$000;
Dos maiores de 50 a 55: 7.400$000;
Dos maiores de 55 a 60 anos: 2.350$000.
ESTADO CIVIL
270 Escravos eram solteiros;
41 eram casados;
7 eram viúvos.
ATVIDADES
306 Escravos serviam no setor agrícola;
2 eram artistas (artífices);
10 eram jornaleiros ou serviços domésticos.

(*) Publicado in "Diário de Pernambuco e a História Social do Nordeste", do Escitor José Anônio Gonsalves de Mello.
LEI ÁUREA - 13.05.1888
O Jornal Diário Popular editado na cidade de São Paulo-SP na Segundo-Feira, 14 de Maio de 1888, publicou com destaque principal o teor da LEI ÁUREA que aboliu a escravatura no Brasil, tendo o mesmo ocorrido com os demais Jornais brasileiros da época, graças então ao sistema do Telégrafo utilizado como o mais rápido sistema de comunicação do País, muito diferente, é óbvio, dos sistemas hoje existentes na épova da cibernética.
Na verdade a Lei Áurea assim chamada, foi um Decreto, que abaixo transcrevemos:
"DECRETO Nº 3353, DE 13 DE MAIO DE 1888, que extingue a escravidão no Brasil.
A Princeza Imperial Regente, em nome do Imperador o Sr. Dom Pedro 2º, há por bem sanccionar e mandar que se execute a seguinte Resolução da Assembléia Geral:
Art. 1º - É declarada, da data da presente Lei, extinta a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário - RODRIGO AUGUSTO DA SILVA, do Conselho de Sua Majestade o Imperador. Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Commercio e Obras Públicas, assim o tenho entendido e faça executar.
Palácio do Rio de Janeiro em treze de Maio de 1888-

IZABEL- Princeza Imperial Regente."
Vale a pena transcrever um comentário constante no aludido Jornal paulista, na mesma edição em que foi publicada a Lei Áurea, cuja matéria foi assinada por A.CAMPOS, que no caso trata-se do Jornalista Américo Campos, Redator do Diário Popular, assim maravilhosamente escrito:
"Bem raro, em nossa terra, o Poder Executivo é, como agora, mero executor de um Decreto do povo.
Trata-se da Lei Áurea, a grande lei regeneradora, a que a um tempo resgata do cativeiro a raça malsinada e ergue o País da aviltante ignomínia.
Múltipla e salvadora regeneração: - 0 escravo eliminado, o senhor abolido, o trabalho nobilitado e a Pátria desafrontada.
Grande, profunda revolução, foi concluída, entretanto, entre flores, hosanas e aclamações.
Depois de larga e laboriosa fermentação de mais de meio século --- a contar das Leis de 31---- dado o último impulso, poucos dias bastaram para que a grande medida fosse solenemente homologada e transformada em Lei.
Honra à índole generosa e alevantada do País.
Apresentada à Câmara como proposta do Gabinete a 9, aprovada pelos Deputados e enviada ao Senado a 12, desde ontem (13) era Lei sancionada e comunicada telegraficamente para todos os pontos do Impérioe em todos os pontos recebida com delirante manifestações de regozijo popular.
Vale tudo isso a mais bela, a mais limpa, a mais honrosa página da nosso História.
Sente-se bem que passa-se a nossos olhos um grande acontecimento, e que o Decreto da Abolição dos cativos é, mais do que isso, nova éra aberta para os nossos destinos.
O período africano, de nossa civilização fica oficialmente concelado. A éra americana, o período da autonomia e das reivindicações agora principia.
No dia em que deixamos de ser senhores, nesse dia fizemo-nos dignos da liberdade."
VILA E COMARCA
Panelas, Pernambuco, tornou-se Vila pela Lei Provincial Nº 919, de 18 de maio de 1870, instalando-se no dia 14 de novembro de 1872.
Desmembrada da Comarca de Caruaru e criada Comarca pela Lei Nº 1.093, de 24 de maio de 1893, foi classificada Comarca de 1ª Entrância pelo Decreto do Governo Geral, de Nº 3.635, de 16 de maio de 1874, e nomeado o seu 1º Juiz de Direito na pessoa do Dr. José Antônio Corrêa da Silva, que inaugurou esse importante evento digno de registro na História de Panelas.
Vale ressaltar que pela Lei Nº 1.402, de 12 de maio de 1879, desmembrou do território de Panelas, toda a parte que hoje constitui o Município de Quipapá e compreendia a Freguesdia do mesmo nome, desde 1857, elevando-a à condição de Vila e Termo de Comarca.
AUTONOMIA MUNICIPAL
Proclamada a República no dia 15 de Novembro de 1889, de acordo com a Constituição Estadual e Lei Orgânica dos Municípios, de 3 de agosto de 1892, constituiu-se Município antônomo no dia 1º de março de 1893, sendo eleito como 1º Prefeito Constitucional o então Tenente Antônio José Gonçalves Pires Ferreira, e para o cargo de Sub-Prefeito o que hoje corresponde à figura do Vice-Prefeito Municipal, o Sr. João Joaquim Ribeiro Campos.
1º CONSELHO MUNICIPAL (VEREADORES)
Para compor o 1º Conselho Municipal de Panelas no regime republicamos foram eleitos os senhores:
ELEUSIPO DA SILVA SANTOS RIBEIRO;
MARCELINO CAVALCANTE DE OLIVEIRA;
BENTO PEREIRA DA SILVA;
JOAQUIM MANOEL DO NASCIMENTO; e
THEODORO SOARES DE OLIVEIRA


MÉDICO FICOU INIMIGO DO PREFEITO
O então Prefeito de Panelas-PE Sr, Coronel José Rufino, no idos de 08 de agosto de 1941, expediu telegrama ao também então Secretário da Agricultura de Pernambuco, Dr. Apolônio Sales nos seguintes termos:
"Dr. Apolônio Sales
Secretaria Agricultura
Rua Buenos Aires, 211
RECIFE - PE

Comunico-vos que médico Posto depois tornar-se meu inimigo tirou conta tratamento minha filha na quantia de quinze contos de réis vg tendo sido indenizado por mim vg quando meu amigo ficando satisfeito conforme declaração verbal do mesmo a diversas pessoas pt Médico viajando ontem Recife deixou Posto Higieme fechado prejudicando tratamento pessoas matriculadas Posto vg tenha entendimento Diretor Departamento Saúde Pública fim mesmo não fazer exploração meu nome na referida repartição pt Saudações José Rufino - Prefeito."
PREFEITURA É INDENIZADA PELO ESTADO
O Departamento Geral das Municipalidades de Pernambuco, enviou à Prefeitura de Panelas no dia 26 de setembro de 1936, a seguinte comunicação:
Venho remetendo a VSª os documentos anexos na importância de 1:450$000 proveniente do fornecimento feito por esta Repartição para transporte e pagamento dos serviços de um Médico que prestou socorros aos feridos do motim verificado no dia 28 de maio último no Povoado de Gravatá-Açú deste Município. Pelo documentos nº 5 (Pública Forma)vê-se que foi extraído do original que se encontra apenso nas Contas enviadas à esse Departamento no mês de Agosto próximo findo por não ter sido fornecido ao Tesouro desta Prefeitura o recibo em duplicata como de direito. E como cujas despesas correu por conta do Estado, por fazer parte do Serviço de Polícia, peço a V.Sª as necessárias providências no sentido de indenizado a esta Prefeitura a importância em apreço.
JOSÉ RUFINO DA SILVA MELLO - PREFEITO

PREFEITOS DE PANELAS

1º - Tenente Antônio José Gonçalves Pires Ferreira


2º - Capitão Joaquim Fernandes da Costa

3º - Jerônimo Cavalcanti da Silva


4º - Major Honório Brasiliano Ferreira da Cunha


5º Capitão João Correia dos Santos


6º - Coronel José Matheus de Oliveira Guimarães


7º - Tenente-Coronel José Dionyzio de Souza


8º - Bacharel Alfredo da Silva Leite


9º Coronel José Rufino da Silva Mello


10º- Coronel Júlio Soares de Lyra


11º- Coronel José Rufino da Silva Mello


12º- José Pereira Quaresma


13º- Capitão Epaminondas Cordeiro de Mendonça


14º- Manoel Almeida da Silva


15º - Juvêncio de Barros Correia


16º - José Rufino da Silva Mello


17º - João Alves Pereira


18º - Coronel José Rufino de Mello e Silva


19º- Cezário dos Santos Falcão


20º- Gurmecindo de Oliveira Barros


21º- Gastão Galvão


22º- Manoel Olímpio Sales


23º- Cezário dos Santos Falcão


24º- Coronel José Rufino de Mello e Silva


25º- Manoel Guilhermino de Miranda


26º- Major Sebastião Marques de Mello Bastos


27º- Manoel Sizenando Gomes


28º- José Rufino de Melo e Silva


29º- Hamilton Celerino da Fonsêca


30º- Martiniano Rufino de Mello e Silva

31º- Bacharel Demócrito de Barros Miranda
O Bacharel Demócrito de Barros Miranda, foi eleito Prefeito de Panelas para a gestão 1969/1972, e foi um inovador administrativo, implantando uma política desenvolvimentista, criando o Colégio Joaquim Nabuco, fazendo construir prédios de Grupos Escolares, Maternidade, estradas, esportes, e especialmente assistência médico-odontológica, numa época de poucos recursos. Foi na realidade um Administrador competente e voltado para as camadas pobres, e isto sobre forte pressão dos correligionários do Governo do Estado de então. Foi muito perseguido mas não se intimidou, pelo contrário, mesmo sob ameaças constantes, Panelas renasceu nas suas duas gestões como Prefeito. Dando prosseguimento ao Plano Político do Grupo vitorioso com a eleição de Demócrito Miranda, foi eleito Sizino Moura que além dos inúmeros trabalhos sociais, culturais e a criação do Festival de Jericos, foi cognominado o "Prefeito da Paz", levando-se em consideração que as mudanças inovadoras introduzidas por Demócrito Miranda provocou inconformação democrática dos adversários e Panelas sofreu terríveis consequências com mortes, tiroteios e perseguições pessoais. Já com Déde Vilar Panelas recebeu assistência médica e social, pois o Prefeito José Ávila Vilar (Déde Vilar) voltou a sua gestão especialmente para a filantropia, e na maioria dos casos, com recursos e bens próprios. Era um humabista por natureza.

 
 
 




32º - Bacharel Sizino dos Passos Moura

33º- José Ávila Vilar


34º- Bacharel Sizino dos Passos Moura


35º- Bacharel Demócrito de Barros Miranda


36º- Bacharel Sizino dos Passos Moura


37º- Bacharel Sérgio Miranda


38º- Bacharel Sérgio Miranda


39º- Carlos Frederico de Lemos Moreira Lima ("Fred")


40º - Sérgio Barreto de Miranda - 2009/2012)
NOTA: No período de 2 a 9 de outubro de 1936, 7 dias portanto, esteve como Prefeito de Panelas, o Sr. José Pedro Vieira Filho, na condição de Presidente da Câmara e substituto legal. Já no período de 2 a 14 de dezembro de 1937, esteve também como Prefeito o Major João Gracialiano que transmitiu o cargo ao então Prefeito Sr. José Rufino de mello e Silva. No ano seguinte, no dia 19 de junho de 1938, foi solenemente inaugurado pela Prefeitura o Posto de Higiene, o Motor de Luz Elétrica na cidade e um grande retrato do Presidente Getúlio Vatgas no Gabinete do Prefeito, Esteve representando o Interventor Federal de Pernambuco, o Secretário da Agricultura do Estado.

domingo, 21 de novembro de 2010

PESSOAS ILUSTRE DE PANELAS

NEWTON THAUMATURGO


Técnico em Assessoria Legislativa Municipal, resido em Caruaru-PE Fui Vereador em Brejo da Madre de Deus-PE;escrevi e fiz publicar os seguintes livros: "Barão de Buíque- também Barão do Poço" (1993); "História do Brejo da Madre de Deus" Volumes I e II; publiquei ainda os livros "Panelas- Terra dos Cabanos" 1ªEdição 1980 e 2ª Edição melhorada em 1998. Sou Sócio Benemérito da União dos Vereadores de Pernambuco e sou "Cidadão Honorário" dos Municípios de Caruaru, Brejo da Madre de Deus, Agrestina e Panelas; recebi a "Medalha Centenário da Cidade de Gravatá" além de várias outras homenagens públicas.Fui Correspondente dos jornais: Jornal do Commercio do Recife;Diário da Manhã,do Recife; Jornal A Defesa, de Caruaru; Diário do Agreste, de Caruaru, Departamento de Jornalismo da então Rádio Difusora de Caruaru; Matriculado sob o nº 2269 pela Associação de Imprensa de Pernambuco-AIP;Fiz o Curso de Direito Público para Vereadores(ENSUR-SEPLAN-SAREM-IBAM 1985-RJ;Curso de Técnica Legislativa-(IBAM-RJ1988)Curso de Organização dos Serviços de Secretaria_(ENSUR/IBAM 1973; Curso de Administração Orçamentária(FIAM-PE)etc. Fui Secretário em Prefeituras e Câmaras Municipais.

SERGIO MIRANDA


Sérgio Barreto de Miranda -  nasceu em 02 de outubro de 1960 na cidade de Recife -PE, formou-se em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco – UPE no ano de 1990. Como bom administrador ingressou na Política, e é Prefeito de Panelas pela terceira vez.
Sérgio Miranda cumpriu seu primeiro mandato de 1997 á 2000. Reelegendo-se com mais de 90% dos votos cumpriu o segundo mandato de 2001 á 2004. Em 2008 concorreu as eleições para Prefeito de Panelas e mais uma vez foi eleito, onde cumprirá seu terceiro mandato de 2009 á 2012. A participação de Sérgio Miranda no âmbito Político, o fez concorrer em 2006 a eleição de Deputado Estadual, onde alcançou o lugar de 2º Suplente, sendo chamado para  assumir em 2009, por já exercer o cargo de Prefeito, renunciou ao de Deputado. Ao longo de sua carreira política, foi também por duas vezes Presidente da Associação Municipalista de Pernambuco – AMUPE.

BANDEIRA DE PANELAS

Gentílico: Panelense
Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Panelas, pela lei municipal nº 157, de 31-03-1846. Elevando à categoria de vila com a denominação de Panelas, pela lei provincial nº 919, de 18-05- 1870, desmembrado dos municípios de Caruaru e São Bento. Sede na povoação de Panelas. Instalado em 14-11-1872. Pela lei estadual nº 209, de 24-03-1897, transfere a sede da vila da povoação de Panelas para a povoação de Lagoa de Gatos. Pela lei municipal nº 10, de 30-03-1900, é criado o distrito de Taboleiro e anexado ao município de Panelas. Elevado à condição de cidade com a denominação de Panelas, pela lei estadual nº 991, de 01- 07-1909.  m divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 03 distritos: Panelas, Lagoa de Gatos e Taboleiro. Pela lei municipal nº 56, de 07-12-1914, o distrito de Taboleiro passou a denominar-se Cupira. Pela lei estadual nº 1366, de 24-05-1919, a sede do município voltou a denominar-se de Panelas. Em divisão administrativa do Brasil referente ao  ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos Panelas e Cupira. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 02 distritos: Panelas e Cupira. Pela lei estadual nº 1818, de 29-12-1953, desmembra do município de Panelas o distrito de Cupira. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído do distrito sede. Pela lei municipal nº 157, de 15-03-1958, é criado o distrito de Cruzes ex-Povoado e anexado ao município de Panelas. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Panelas e Cruzes. Pela lei municipal nº 230, de 18-05-1963, é criado o distrito de São José e anexado ao município de Panelas. Pela lei municipal nº 231, de 18-05-1963, é criado o distrito de São Lázaro e anexado ao município de Panelas. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 04 distritos: Panelas, São José, Cruzes e São Lázaro. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.


Dados Demográficos
População em 2007: 24.981 habitantes
Densidade Demográfica: 67,14 habitantes/km²
Área Territorial: 371,16 km²
Data de Criação: 18 de Maio de 1870
Coordenadas da sede
-36º 00’ 21,00’’ Longitude
-8º 39’ 50,40’’ Latitude
Numero de Distritos: 04
Nome da Capital Estadual: Recife
Grande Região Geográfica: Região Nordeste
Código do Município no IBGE: 2610202
Hierarquia Urbana: Central Local
Hino de Panelas
Autor: Mozart Torres
Panelas – 1970
Bravos filhos da terra dos Cabanos
Berço heróico torrão divinal
De costumes ativos e soberanos
Que conquistam o mais nobre ideal
Estribrilho
Teu passado nós sempre evocaremos
Na pessoa teu fundador
Miranda sempre lembraremos
Homem forte de valor
Nós que somos teus filhos, oh, Panelas
Lutaremos para ver-te melhor
Terra brava de tantas tradições
No porvir serás sempre a maior
Estribrilho
Teu passado nós sempre evocaremos
Na pessoa teu fundador
Miranda sempre lembraremos
Homem forte de valor
Festejaremos o teu aniversário
Nesta data com todo fervor
Oh, Panelas, teu nome lendário
Simboliza a paz e o amor
Estribrilho
Teu passado nós sempre evocaremos
Na pessoa teu fundador
Miranda sempre lembraremos
Homem forte de valor
• Ponto Turísticos
• Nossa Terra
• A Bandeira
VILA DE CRUZES – VILA SÃO JOSÉ DO BOLA – VILA DE SÃO LAZARO

HISTORICO

Histórico

SEGUNDO fontes locais, foi nos fins do século XVII para o limiar do século XIX que o cidadão Manoel Santiago de Miranda, português residente em Garanhuns e cobrador de dízimos na região da qual, Panelas fazia parte, comprou uma gleba de terras ao norte dessa localidade, pelo valor de 600$000 (seiscentos mil réis). Hoje, essa parte de terras tem o nome de Patrimônio e pertence à Paróquia. Aquele cidadão erigiu uma capela, no local onde atualmente se acha a igreja matriz; construiu também uma pequena casa, perto da capela. O local ficou conhecido pelo topônimo de Panelas de Miranda, em face de situar-se entre 3 serras, que tomaram os nomes de "Bica", a Leste - onde se localiza a fonte que abastece a cidade de água - do Boqueirão, ao Norte - a qual deve o nome à circunstância de ter somente uma passagem transitável - e dos Timóteos, ao Sul - assim denominada por ter abrigado o Panelense João Timóteo de Andrade, no levante conhecido como "Guerra dos Cabanos". Miranda mandou confeccionar imagem do Senhor Bom Jesus dos Remédios, no tamanho de um homem, em madeira de cedro, trazendo-a em procissão de Petrolina até Panelas e colocando-a na capela. É ainda hoje o santo padroeiro da cidade. Tem Panelas seu nome gravado na História de Pernambuco, ligada que ficou a episódios da chamada "Guerra dos Cabanos". Participaram da revolta, entre os anos de 1832 e 1836, os Panelenses João Timóteo de Andrade e Francisco José de Barros. O primeiro localizou-se na serra dos Timóteos e o segundo no Sítio Cafundó, que pertence atualmente ao Município de Lagoa dos Gatos. A força legal enviada contra João Timóteo de Andrade aquartelou-se na cidade, em local que tomou o nome de "14", em lembrança da unidade militar aí instalada. A força que combateu Francisco José de Barros escolheu o lugar hoje denominado Acampamento, no atual município de Lagoa dos Gatos. Depois de 4 anos de luta, em missão pacificadora chegou a Panelas o Bispo D. João Marques Perdigão, que obteve a rendição dos sublevados com a condição de serem anistiados, terminando aí a "Guerra dos Cabanos". Na serra dos Timóteos, no Sítio Cafundó e em vários outros lugares ainda se encontra muito material de guerra da época, abandonado ao termo da campanha.

domingo, 12 de setembro de 2010

PANELAS!

PANELAS!!!

Panelas teu nome inflama!
Quem te conhece
Não te esquece
És a chama de uma terra
Que reconhece os filhos teus
Do servente ao coronel
Tem um canto la no ceu
Se disser que é filho teu

Oh! Panelas tão querida
Tão amada pelos teus
Quem daqui se dispede
Volta sempre aos braços teus.

Autora: Djanise Lucena- 1989